O dia 1 parecia que ia acabar bem. Parecia. O que os olhos não veêm o coração não sente e isso é um super fato, um fatão, um fataço.
Confesso que já tinha visto ela meio de longe, na verdade só ouvi a voz, e vi as californianas no cabelo mais lindo já feito por Deus cobrindo a lateral do rosto, não me afetou muito não, só um pouco. Mas foi lá pelas 2 e 45 da madrugada que meu amigo a avistou comprando fichas no caixa da boate.
Obviamente sou suspeito pra falar, mas tenho que dizer que ela pra variar estava incrivelmente linda.
Corremos de lá com a mesma obviedade da beleza escultural dEla. Mas, também óbvio, não aguentei ficar longe por muito tempo e tive que ir lá falar com Ela. "Pensei que você não fosse vir aqui" falou como se realmente minha ida lá fosse alguma coisa que tivesse um pingo de importância. Disse que fiquei com medo pois ela estava acompanhada de um dos carinhosos pretendentes dEla. Não conversamos sobre o shows nem sobre nada, fico hipnotizado perto dela, desejando estar nos braços dela, no fim eu não quis ser chiclete e voltei pra lá, ganhei um tapinha gentil no ombro. Um tapinha.
Conforme eu caminhava pelo local, os cantores apertaram no sertanejão e meu coração se apertou ainda mais. Quase chorei, tinha que segurar. Reencontrei meu amigo que inclusive estava com uma prima dEla. Não tinha mais lugar pra mim ali, nem em lugar nenhum do mundo pra ser sincero. Eu de cá, Ela de lá não me parecia certo, não me parece certo gente que se gosta ficar separado. Que talvez se goste macaco burro, que talvez se goste.
Fui embora sozinho, a pé mesmo. Precisava chorar sozinho, sem vergonha, sem medo, só eu, as lágrimas e a tristeza que aliás, volta e meia dá as caras por aqui. Meu amigo me achou quando estava quase chegando em casa, acabei de chegar com ele já tinha chorado o que precisava chorar. E isso foi só o primeiro dia.
DEla ganhei um tapinha no ombro, isso aqui de homenagem quando tocou e da vida ganhei uma convicção: o que os olhos não veêm o coração não sente.
sábado, 4 de junho de 2011
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