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domingo, 21 de setembro de 2014

João

Quando era moleque conheci um cara chamado João. Ele era uns dez anos mais velho que eu e convivemos durante uns dezessete anos. Ele era um cara bem legal. Engraçado, companheiro, educado, mas tinha algo em João que eu nunca compreendia, nem quando era moleque nem depois de adulto. João, passou esses quase dezoito anos dizendo: "Deve ser bom ter dinheiro". Era uma repetição constante: "Como será que é acordar todo dia e ter dinheiro sobrando no banco? Não precisar preocupar com isso?". Dezoito anos nessa. João morreu. Estava na fila do cinema pra ver Hércules com o Dwayne "The Rock" Johnson e sofreu um acidente vascular encefálico hemorrágico e não sobreviveu. Nunca soube como era ter dinheiro "sobrando" no banco. Não enriqueceu. Viveu pensando em como seria, o que poderia fazer, sonhando acordado mas nunca fez nada. A vida passou e João não ficou sabendo se é bom ter dinheiro.

A vida é curta demais para sonharmos acordados, para ficarmos parados com a boca aberta vendo a fila andar, o bonde passar,  o tempo "rugir" e não atravessar a Sapucaí. Não há tempo a perder com coisas  vazias, com comidas sem sabor, com gente sem sabor! Não podemos perder manhãs ensolaradas de domingo debaixo de um cobertor reclamando da vida enquanto o Sol brilha lá fora. Não dá pra ficar com autocomiseração. Não dá pra ficar defendendo ideias dos outros que nem acreditamos (tanto nas pessoas quanto nas ideias, como muito fazem durante as eleições), não dá pra perder tempo assistindo séries ruins, pra perder tempo fuxicando vida alheia em rede social enquanto tem tanta gente de carne e osso precisando de um abraço. Não dá pra não fazer nada.

Meu amigo João não esperava o AVC, ele não fazia nada, mas também não esperava que a vida fosse acabar assim, antes do sorteio da Mega-Sena (talvez fosse a única coisa que ele fizesse na tentativa de realizar o sonho de ficar rico) e raríssimas vezes eu disse para ele "João, para de sonhar jovem, e vai viver, faz por onde, faz por merecer".

Talvez, todos tenhamos um João dentro de nós. Seja com relação ao dinheiro, família, amigos e principalmente o amor. Ah o amor! Hahahha Nesse quesito, tem tanto João por aí que precisava era colocar sobrenome. Por isso, devemos avisar nosso João que a vida é curta. Que não dá pra esperar. Não deixe o João morrer sem uma bela sacudida. Repito: a vida é curta, pro João e pra nós.

terça-feira, 10 de junho de 2014

Alguém melhor

Tenho duas convicções acerca de você/nós.

A primeira é que com certeza você encontrará várias pessoas melhores que eu. Vai encontrar alguém mais carinhoso. Mais inteligente. Mais responsável. Mais educado. Bem mais bonito. Mais sincero. Mais interessante. Mais engraçado. Mais forte. Mais amigo. Mais companheiro. Mais elegante. Mais bem humorado. Alguém com o corpo mais bonito. Mais honesto. Mais tentador. Alguém que fale mais línguas estrangeiras. Com abraço mais gostoso. Alguém mais apegado à família. Mais atencioso. Mais maduro. Mais pontual. Com mais cabelo. Mais paciente.

Alguém menos nervoso. Menos apelão. Menos impulsivo. Alguém menos bruto. Menos apegado ao futebol. Menos fútil. Menos pessimista. Menos fresco com a comida. Menos chato. Menos chorão. Menos bobo. Alguém que corra menos na estrada. Menos ignorante. Menos complexado. Alguém com menos barriga. Menos pelos corporais. Menos desatento. Que te decepcione menos. Menos desleixado. Alguém que beba menos. Menos ridículo.

Alguém melhor na cama. Melhor no trabalho de casa. Melhor financeiramente. Melhor socialmente. Melhor nos esportes. Alguém que beije melhor. Melhor no ouvir. Que se comporte melhor. Melhor ao consolar. Melhor companhia. Melhor na cozinha. Melhor ao aconselhar. Melhor aos olhos de sua família. Alguém melhor pra escolher sapato. Melhor em tudo.

Disso tudo eu tenho a mais pura convicção, e pra ser bem honesto, torço para que isso aconteça, afinal, pra você, só desejo o melhor e tudo que não pude dar.

Minha segunda convicção é muito simples, tenho certeza que ninguém, nunca nesta vida, vai te amar como eu. Sem chance, pode acreditar.

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

19/11/2013 - O dia em que minha terra parou

Era um dia comum como tantos outros. Estava eu no trabalho, fazendo meu serviço normalmente. Era dia de anunciar o resultado do Vestibular pra faculdade aqui da cidade.

*Fiz o vestibular 10 dias atrás, coloquei Medicina na primeira opção, nada muito ambicioso, queria ficar bem colocado, tipo abaixo dos 300 já que deu uns 45 por vaga e pra quem não estudava a um bom tempo, não seria nada mal. Segunda opção foi Letras, se eu ficasse bem colocado, talvez rolasse uma bolsa e eu iria fazer*

Lá pelas 16 e 15, fazendo um parecer qualquer o telefone toca  - Vítor, é sua mãe  - anunciou a colega que pegou o telefone. - Vítor você passou!!! - ouvi a voz entusiasmada da minha mãe logo depois que disse "oi".

- Calma mãe, passei em que? Excedentes é só depois.
- Não! Você passou em Medicina - dizia ela quase chorando - em 27º lugar!!!

Na hora não acreditei. Claro. Disse que iria olhar no site. De fato estava lá meu nome. Sorri. Me senti orgulhoso. Feliz. Um feito. Se for pensar, não é qualquer um (não vou entrar no mérito do fator sorte, porque até pra ter sorte nessas horas gasta um pouco de competência).

Logo depois veio a depressão. E agora? Como que faço? Deixo passar o cavalo amarrado ou monto nele e galopo rumo ao desconhecido que poderá trazer um futuro financeiramente razoável, no mínimo?

São tantas questões. Não sou um jovem. Perto dos trinta anos, não tenho grana guardada mas sou independente e, apesar de não amar o que faço, começava a ver com melhores olhos minha profissão. Voltar a estudar? Curso integral? Vou viver de brisa?

E meu relacionamento? Eu quero casar! Ser feliz com Ela... isso vai atrasar ainda mais. Mas se bem que quando chegar a hora, nunca teremos problemas financeiros. Mas e as outras coisas? Mais vale ter uma vida média com Ela do que ser rico sem Ela.

Desde então, minha terra parou. Não consigo pensar ou falar em outra coisa. As pessoas dizem que se eu desistir, sou louco. Mas as pessoas só pensam em dinheiro. Grande parte delas.Apesar que vejo com bons olhos essas opiniões e a certa pressão pra eu não desistir, faz parte.

Só sei que desde terça só sinto medo. Um medo como nunca senti antes. Um medo de não arriscar e me arrepender. Um medo de arriscar e arrepender. De perder muita coisa.. Minha vida mudou desde o dia 19/11/2013 quando as 16 horas a faculdades soltou os resultados. Nunca mais será a mesma. Se eu iniciar o curso mudará totalmente. Se eu não iniciar, também nunca mais será a mesma, futuramente, qualquer instabilidade que eu passar vou lembrar da matrícula em Medicina que eu não fiz.

Sou um macaco azarado. Milhares de pessoas queriam estar na minha situação. Ter o meu "problema" pra pensar. Eu não.

quarta-feira, 17 de julho de 2013

Do paradigma


"É mais fácil desintegrar um átomo do que um preconceito"
Albert Einstein

Um grupo de cientistas prendeu cinco macacos numa jaula, em cujo centro puseram uma escada e, sobre ela, um cacho de bananas. 

Quando um macaco subia a escada para apanhar as bananas, os cientistas lançavam um jato de água fria nos que estavam no chão. Depois de certo tempo, quando um macaco ia subir a escada, os outros enchiam-no de pancadas. Passado mais algum tempo, nenhum macaco subia mais a escada, apesar da tentação das bananas.

Então, os cientistas substituíram um dos cinco macacos.

A primeira coisa que ele fez foi subir a escada, da qual foi rapidamente retirado pelos outros, que o surraram. Depois de algumas surras, o novo integrante do grupo não mais subia a escada. Um segundo foi substituído, e o mesmo ocorreu, o primeiro substituto participou, com entusiasmo, da surra ao novato. Um terceiro foi trocado, e repetiu-se o fato. Um quarto e, finalmente, o último dos veteranos foi substituído.

Os cientistas ficaram, então, com um grupo de cinco macacos que, mesmo nunca tendo tomado um banho frio, continuavam batendo naquele que tentasse chegar às bananas.

Se fosse possível perguntar a algum deles porque batiam em quem tentasse subir a escada, com certeza a resposta seria:

– Não sei, as coisas sempre foram assim por aqui...

quinta-feira, 6 de junho de 2013

Tá chata a internet.

Uma camada "pseudo intelectual elitizada" tomou conta da internet de tal forma que tá ficando até sem graça. Eles podem xingar quem e o que quiserem, mas se são atacados/questionados, os outros são intolerantes e preconceituosos.

Podem fazer vídeos xingando o Latino, Michel Teló, Justin Bieber esperando que sua legião de pseudo seguidores caiam na risada, mas se alguém faz uma piada sobre, sei lá, Chico Buarque, que quase ninguém escuta e muito menos gente entende, esses são lixos, burros, inúteis, escória da sociedade e o Brasil não vai pra frente por causa disso.

Eles podem fazer piada sem nenhuma piedade sobre padres (pedófilos ou não), com o papa, com pastores (mercantilistas ou não), com pessoas religiosas, com Cristo e com as crenças em geral, mas se alguém faz alguma piada sobre um ateu militante sem vida, sem amigos e que só sabe ficar falando de religião na internet e bebendo todynho gelado que a mãe leva pra ele no quarto porque é tão inútil que não pode nem levantar o traseiro da cadeira pra buscar, aí essa pessoa é uma fanática religiosa que claramente é menos inteligente que os demais.

Dizem que funk, sertanejo e outros ritmos são horríveis, lixo, merda e mais uma vez atribuem o fracasso do Brasil às pessoa que gostam desses estilos, mas se alguém fala mal do Axl Rose que sempre foi um cara que soube gerir a carreira, exemplo de pessoa que nunca brigou com ninguém, nunca usou drogas, tanto que até hoje a banda tá bem e fazendo sucesso. É o fim. Pode perguntar os grandes gênios da "música boa" Kurt Cobain e Amy Winehouse, exemplos de vida e conduta social, que estão aí pra provar.

Eles poderiam entender que não é porque não gostam é que tudo é lixo. E que todo mundo, menos eles, são lixos burros de baixo desenvolvimento intelectual. Eles podem até achar que é lixo, até falar que é lixo, mas deveriam aprender a expor suas ideias sem parecerem donos da verdade, de forma educada pelo menos para não jogar por terra tudo que defendem.

quinta-feira, 23 de maio de 2013

Da conversa alheia

Hoje a tarde estava em uma fila gigante na loteria. Não gosto de filas, aliás, ninguém gosta, apesar que se apertar acha alguns "do contra" por aí que vão falar que gostam, mas isso é outra história.

Voltando ao meu sentimento de desprezo pelas filas, posso dizer que se tem um trem que me gusta quando estou à toa em locais públicos é observar o meu redor, observar as pessoas, não com a intenção se criticar, mas sim de aprender, absorver das relações cotidianas. E lhes garanto, filas são um ótimo lugar pra isso. Especialmente hoje aconteceu algo bem legal.

A moça da frente, conversava com o namorado no telefone, que ao que parece, mora em outra cidade, com alguma dificuldade, consegui extrair o seguinte conversa {eu sei que sou indiscreto [as falas dele, obviamente, é o que eu imagino que ele falou do outro lado da linha (suprimi eventuais carinhos que ele possa ter usado já que não conheço o cara, vai que é um brucutu?)]}:

- Não meu bem, não sei se vou na festa hoje não...
- Mas por que?
- Ah, não tô muito animada, quero aproveitar pra ver a novela.
- Mas você tem que ir! Tem que animar!
- Hoje eu não tô muuuuuuuuuuito animada, as meninas até me chamaram mas sei não.
- Quais meninas?
- A fulana e a siclana.
- Então vai ué, pra você animar pra quando eu chegar aí amanhã!!
- Ahhhhhh meu bem - nessa hora ela falou com um sorriso aberto - agora você falou a palavra mágica: você. Com você aqui tudo é diferente, mais colorido, mais animado, quando você está aqui tudo muda, eu mudo, dá até vontade de ir no salão de beleza hahahahaha

Depois da gargalhada a moça do caixa chamou a vez dela e logo depois ela desligou o telefone. Achei tão bacana o jeito da menina,a forma com que ela mudou o jeito de falar quando disse a respeito da presença do namorado. Bacana isso!





segunda-feira, 4 de março de 2013

Música do Dia


Acaba não mundão!

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Do tráfico

Acordei de manhã com o celular na mão. É a tendência contemporânea dos smartphones ligados a rede 3g: dormir e acordar ligado. As vezes nem dormir. No Facebook, 99,99998999% dos meus contatos, praticamente um resultado de exame de DNA, saudavam um tal de Fevereiro.
Todo mundo dando boas vindas, alguns dizendo que é o mais lindo de todos, pedindo pra trazer um monte de coisa e o cara nem pra agradecer? Cá pra nós, eu não conheço, mas esse Fevereiro mas deve ser um chato metido hein?!?! Que sujeito deselegante, nem pra curtir, compartilhar, comentar as incontáveis postagens em seu nome.
Mas daí fiquei pensando, de onde ele traz essas muambas que o pessoal tanto pede? E é muita coisa: paz, saúde, harmonia, energia positiva,  sorrisos, momentos felizes, sabedoria, bons ventos de verão, serenidade,  e essas coisas? Do Canadá? Paraguai? China?

Isso tudo está me cheirando a coisa grande, pesada, pensei em ligar para os federais e fazer uma denúncia anônima de tráfico internacional de coisas boas e mudança de vida, porque pra mim,
quem trazia isso tudo era aquele outro cara, aquele que é legalizado, o Ano Novo...

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Aí até eu

Era uma terça-feira quase normal. Só não era totalmente normal porque era aniversário da minha sogra. Mas não tinha comemoração, saímos pra comer um sanduíche, fomos pra casa delas e sentamos pra assistir novela e depois a eliminação do BBB, que por sinal está em sua 13ª edição e o "paredão" de ontem foi entre Anamara e Dhomini (aquele).

Aliás, que conste na ata, que o único lugar que assisto novela e BBB é na casa minha sogra. Nada contra. Na verdade, contra as novelas até que tenho um pouco porque acho muito forçado, apesar de também terem seu valor social, mas no geral, acho que é uma fonte de entretenimento em massa como qualquer outra. Séries de TV por exemplo, não passam de novelas com um capítulo semanal. Só que isso é pano pra outra manga.

Voltando à nossa noite de terça, estamos eu, com Ela deitada com as pernas no meu colo, minha sogra na ponta de lá do sofá e meu cunhado nem cá nem lá, todo ativo, cada hora sentando num lugar fazendo algo diferente. Como eu não gosto de novela, pricipalmente desta novela que está passando, fiquei jogando no meu celular. Acabou a novela e começou o BBB.

Mulherão pra cá, fortão pra lá, cantoria pra cá, voz chata pra lá, e minhas companhias começam a falar do Dhomini até que dizem: "A mulher do Dhomini é muito bonita". Eu, destraído com o game no celular, ao invés de manter a concentração mandei: "Aí até eu".

De imediato percebi a bobeira que tinha dito, que veio seguida de um cutucão dEla, gaguejando eu disse "Não, isso é jeito de falar, porque ele é milionário né? Feio demais e mesmo tem mulher bonita, gasp, gasp...". Ela levou na esportiva no fim, mas meu sonho era "desdizer" o que eu disse.

Principalmente ao olhá-la deitada no meu colo, tão maravilhosa, não gosto nem de pensar que Ela pode pensar que eu não a acho a mulher mais linda do mundo e o quanto eu sou de sorte. Porque eu acho mesmo. Ela e depois a Eva Mendes. O resto é resto.

segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Retrospectiva 2012

Esse ano não tem retrospectiva. Não nos moldes dos outros dois anos deste blogue. Foram tão poucos posts que pra ter uma visão geral do 2012 deste macaco que vos escreve, basta ler todos.

Mas pra resumir, eu diria que 2012 foi de Janeiro a Dezembro, apesar dos pesares, foi marcado pelo amor, e talvez por isso não tenha postado tanto, sob pena de ao clicar no link blog, aparecem arco-irís, coelhinhos da bochecha rosada, corações flechados, borboletas estomacais e fofuras similares.

Claro, houveram seus momentos de tensão, de insegurança, frustração, desejos não realizados, mas me diga: quem não passou por isso ao longo deste 2012? Quem não tem o que reclamar as vezes? O que não podemos é sucumbir nos momentos de dificuldade que, irremediavelmente virão, mas assim como vem, vão, com mais ou menos força, mas acabam passando. Ninguém está aqui só pra sofrer.

Assim, só nos resta fazer nossa parte e torcer, para que os ventos continuem soprando a favor, por breves tempestades e por grandes calmarias em 2013.


domingo, 2 de dezembro de 2012

Uma palavra, vários sentimentos, infinitas definições

"E o amor?, você me pergunta. O amor, ah, sei lá. O amor nem dá pra definir direito. Acho que é um desejo de abraçar forte o outro, com tudo o que ele traz: passado, sonhos, projetos, manias, defeitos, cheiros, gostos. Amor é querer pensar no que vem depois, ficar sonhando com essa coisa que a gente chama de futuro, vida a dois. Acho que amor é não saber direito o que ele é, mas sentir tudo o que ele traz. É você pensar em desistir e desistir de ter pensado em desistir ao olhar pra cara da pessoa, ao sentir a paz que só aquela presença traz. É nos melhores e piores momentos da sua vida pensar preciso-contar-isso-pra-ele. É não querer mais ninguém pra dividir as contas e somar os sonhos. É querer proteger o outro de qualquer mal. É ter vontade de dormir abraçado e acordar junto. É sentir que vale a pena, porque o amor não é só festa, ele também é enterro. Precisamos enterrar nosso orgulho, prepotência, ciúme, egoísmo, nossas falhas, desajustes, nosso descompasso. O amor não é sempre entendimento, mas a busca dele. Acho que o amor não é o caminho mais fácil, pois mais fácil seria dizer a-gente-não-se-entende-a-gente-não-combina-tchau-tchau. O amor é uma tentativa eterna. E se você topar entrar nessa saiba que o amor encontrou você. Seja gentil, convide-o para entrar."
Clarice Correa

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Sobre racismo


Esse vídeo correu o mundo e resolvi deixá-lo aqui, porque é simplesmente genial. Já era fã do ator que fez tantos filmes memoráveis com atuações impecáveis, me tornei fã do ser humano Morgan Freeman.

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Daqueles dias.

Era um daqueles dias sabe? Mas pelo menos estava no fim.

Sentado na minha moto esperando minha mãe ir na padaria, era pra ser a cereja do bolo, já que é a padaria mais cheia da cidade e eu pra variar estava louco pra chegar em casa.

Minha cabeça grudada no corpo mas a mente lá em Júpiter. Pensava sobre o dia cheio e cansativo no trabalho, sobre o monte de coisas para resolver no outro dia, nas faturas do cartão a vencer, na conta vermelha no banco, no cliente que prometeu pagar e não pagou, no financiamento da casa que não sai, nos resultados dos vestibulares dEla e nos que virão, pensava nas mulheres me cantando no Facebook que eu tenho vontade de bloquear mas meu ego, que gosta de se sentir "no trecho" de quando em vez, não permite, mesmo sabendo que pode ocorrer um xilique épico...

Pensamentos a mil por hora, na série favorita que anda dando tudo errado, na chuva que ia cair na hora da pelada e até no prêmio da loteria que eu não ganhei. "Tô na bosta" - pensei. De imediato, como numa pegadinha do destino, eu sinto algo me alvejar. Olho minha calça e adivinha? Bosta de pássaro. Sentei bem embaixo de uma pomba inescrupulosa, que ao invés de se compadecer de mim, preferiu tornar meu pensamento algo literal. Agora sim, de verdade, eu estava na bosta.

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Epifania da Picanha

Hoje acordei as 9:21 suando. Não sei direito, mas acho que era uma mistura do calorão danado com o álcool consumido na balada top de ontem: uísque, big apple, vodka, champgne tudo com energético e nas melhores companhias que este macaco pode ter.

Tomei aquele banho pra dar uma refrescada. Que beleza de banho. Peguei o telefone e não tinha nenhuma sms. Desde ontem não recebo nada que o remetente seja da porcaria da TIM (mesmo que não seja culpa dela, sempre é). Tomei café e fui acabar de ver Zelador Animal que tinha deixado a última meia hora gravando ontem, por sinal é um bom filminho estilo "Sessão da Tarde".

Liguei o PC e finalmente falei com Ela, já que as sms não funcionam, algo tinha que funcionar. Inclusive tentei cavar uma filada de bóia na casa da sogra mas não obtive sucesso. Droga - eu pensei - vou ter que caçar um rango em outro lugar. Enquanto Ela se despedia pra ir almoçar e depois arrumar a unha, eu fiquei me imaginando vestido igual o Piteco da Turma da Mônica saindo de casa com uma lança na mão pra caçar minha própria comida.Não seria uma tarefa tão difícil, já que, vaca por exemplo, tem é no atacado pra baixo e pra cima aqui na rua debaixo de casa.

Com esse tipo de idéia você deve estar pensando, que cara anormal... É, eu também. Pelo menos que esse não seria um dia normal. Vesti minha camisa do Palmeiras  de 2009 que pra mim, é a mais bonita dos últimos dez anos e tive a idéia de ir comer no Bob's. Confesso que de vez em sempre sinto uma vontade de ir comer um sanduíchão industrializado pra alimentar o gordão que vive em mim, especialmente na região abdominal.

Cheguei lá e pedi um  trio Gran Picanha, tudo grande com um Sunday grátis. Se tem um sorvete de bichinha é o Sunday. Se bem que o tal do Banana Split também é um trem bizarro. Mas não importava, como era um dia "diferente" vamos de Sunday mesmo. E o dia era tão diferente que na pénultima mordida do sanduíche, eis que ouço na minha mente o clone do Bon Jovi Interessante, Bret Michaels, cantando "Eeeeeeeeeeeevy rose has it's thorn". Caramba!!! Poison? Quem numa puta finados, mandando aquele sanduíche lightzinho lembra de Poison? Olhando o lado positivo, pelo menos não era, sei lá, Aviões do Forró.

"Preciso suar mais, ainda tô meio alterado" foi o que eu pensei no começo, mas depois fiquei pensando no Bon Jovi, quero dizer no Bret Michaels, não, não nele em si, mas no que ele quis dizer com a música e então tive uma epifania. Vou batizá-la de Epifania da Picanha.

O certo é que na vida, por melhor que as coisas estejam, SEMPRE vai acontecer algo errado. Aí você vai dizer "Que epifania de merda é essa? Todo mundo sabe disso!" Podemo até saber, mas não compreendemos. Pelo menos, eu não compreendia, até meu almoço de hoje. Toda rosa tem seu espinho e por mais bela, perfumada, delicada e inocente, que ela seja, ela tem algo que mesmo que as vezes você tome todo o cuidado possível vai acabar te machucando. Algo que está ali pra te machucar que é o espinho, e o pior é que mesmo sabendo, sempre que nos machucamos ficamos triste, bravos, abatidos, inconformados com a situação: "ah isso não poderia ter acontecido", "eu estava tão feliz" e coisas do gênero.

Mas a Gran Picanha me disse que esse tipo de coisa acontece justamente para sermos mais humildes e darmos valor aos momentos felizes, às vitórias, às pessoas, às situações boas em geral, porque tudo na vida passa, até uva passa não é mesmo? Você pode se casar com a pessoa da sua vida, estar vivendo um momento sensacional, e do nada, sem motivo aparente, aquele espinho fere a pela e sangra, algo acontece e entram em uma fase ruim. Aquilo é superado e tudo volta as boas, até que se repete. É assim pra nos darmos valor nesses momentos bons, nos raros momentos de segurança.

Isso não se aplica só na área sentimental, se aplica na vida toda. Desde as bombas no vestibular, do seu time que perde o campeonato, da roupa bacana que rasga, do dinheiro que você perde no investimento ruim, da viagem que deu tudo errado, poderia citar mais alguns exemplos, mas acho que é desnecessário.

Eu estava meio assim, meio sem entender algumas situações da vida, algumas coisas acontecendo comigo, e a Epifania da Picanha me mostrou a verdade. Me fez compreender porque as coisas acontecem assim e, tomara, que tenha me feito aprender a sofrer menos quando acontecerem.

Acabei de comer. Peguei meu Sunday de ovomaltine e que fique registrado: não gostei. Êta sorvetinho de baitola.



quarta-feira, 4 de julho de 2012

A breve felicidade e o colibri


Só sei que de todos os sentimento o mais breve é a felicidade. Quando ela se vai, deixa a sensação vazia de quem admirava um colibri em volta de uma flor e agora espera por sua volta.

Sim. É como quando um colibri vem batendo as asas graciosamente até a flor então para no ar de frente a flor como que admirando sua beleza para então começar a sugar daqui, dali, voando de um lado para o outro entre uma sugada e outra, num lindo ritual. Mas aí, sem qualquer aviso, vai embora deixando aquela sensação estranha de que algo está faltando.

Do nada a felicidade se vai e deixa aquela sensação meio sem descrição. É a sensação de quem perde um colibri.

quarta-feira, 25 de abril de 2012

Da lição escondida



quinta-feira, 8 de março de 2012

Dia das Mulheres


"As mulhers constituem a metade mais bela do mundo".
Jean-Jacques Rousseau




Depois dEla, Eva Mendes é a maior representante
da beleza feminina no mundo.

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Fato.


Porque emagrecer juntos é bem mais difícil e menos prazeroso.

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

"Descombinanças"

Algumas coisas definitivamente não combinam.

Tem gente que gosta, mas pra mim, pipoca não combina com brigadeiro. Também acho que misto quente não combina com café com leite. Terno e gravata não combina com calor. Tem um monte de coisa que não combina uma com outra igual Vítor Palmeiras não combina com felicidade.

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Outra perda

Ontem perdi meu telefone celular. Era um Nokia desses X2-01m bem baratinho, mas paguei só uma prestação -.- Gostei até do teclado QWERTY e era um telefone que me atendia bem, mas o que mais me chateou, e me chateou de verdade, foi ter perdido as sms lindinhas que Ela me enviou. Isso sim foi tenso de acontecer, tinha que ter como salvá-las, que nem no aparelho da Apple.

Agora é torcer pra Ela se inspirar novamente e mandar mais...