Quando era moleque conheci um cara chamado João. Ele era uns dez anos mais velho que eu e convivemos durante uns dezessete anos. Ele era um cara bem legal. Engraçado, companheiro, educado, mas tinha algo em João que eu nunca compreendia, nem quando era moleque nem depois de adulto. João, passou esses quase dezoito anos dizendo: "Deve ser bom ter dinheiro". Era uma repetição constante: "Como será que é acordar todo dia e ter dinheiro sobrando no banco? Não precisar preocupar com isso?". Dezoito anos nessa. João morreu. Estava na fila do cinema pra ver Hércules com o Dwayne "The Rock" Johnson e sofreu um acidente vascular encefálico hemorrágico e não sobreviveu. Nunca soube como era ter dinheiro "sobrando" no banco. Não enriqueceu. Viveu pensando em como seria, o que poderia fazer, sonhando acordado mas nunca fez nada. A vida passou e João não ficou sabendo se é bom ter dinheiro.
A vida é curta demais para sonharmos acordados, para ficarmos parados com a boca aberta vendo a fila andar, o bonde passar, o tempo "rugir" e não atravessar a Sapucaí. Não há tempo a perder com coisas vazias, com comidas sem sabor, com gente sem sabor! Não podemos perder manhãs ensolaradas de domingo debaixo de um cobertor reclamando da vida enquanto o Sol brilha lá fora. Não dá pra ficar com autocomiseração. Não dá pra ficar defendendo ideias dos outros que nem acreditamos (tanto nas pessoas quanto nas ideias, como muito fazem durante as eleições), não dá pra perder tempo assistindo séries ruins, pra perder tempo fuxicando vida alheia em rede social enquanto tem tanta gente de carne e osso precisando de um abraço. Não dá pra não fazer nada.
Meu amigo João não esperava o AVC, ele não fazia nada, mas também não esperava que a vida fosse acabar assim, antes do sorteio da Mega-Sena (talvez fosse a única coisa que ele fizesse na tentativa de realizar o sonho de ficar rico) e raríssimas vezes eu disse para ele "João, para de sonhar jovem, e vai viver, faz por onde, faz por merecer".
Talvez, todos tenhamos um João dentro de nós. Seja com relação ao dinheiro, família, amigos e principalmente o amor. Ah o amor! Hahahha Nesse quesito, tem tanto João por aí que precisava era colocar sobrenome. Por isso, devemos avisar nosso João que a vida é curta. Que não dá pra esperar. Não deixe o João morrer sem uma bela sacudida. Repito: a vida é curta, pro João e pra nós.
A vida é curta demais para sonharmos acordados, para ficarmos parados com a boca aberta vendo a fila andar, o bonde passar, o tempo "rugir" e não atravessar a Sapucaí. Não há tempo a perder com coisas vazias, com comidas sem sabor, com gente sem sabor! Não podemos perder manhãs ensolaradas de domingo debaixo de um cobertor reclamando da vida enquanto o Sol brilha lá fora. Não dá pra ficar com autocomiseração. Não dá pra ficar defendendo ideias dos outros que nem acreditamos (tanto nas pessoas quanto nas ideias, como muito fazem durante as eleições), não dá pra perder tempo assistindo séries ruins, pra perder tempo fuxicando vida alheia em rede social enquanto tem tanta gente de carne e osso precisando de um abraço. Não dá pra não fazer nada.
Meu amigo João não esperava o AVC, ele não fazia nada, mas também não esperava que a vida fosse acabar assim, antes do sorteio da Mega-Sena (talvez fosse a única coisa que ele fizesse na tentativa de realizar o sonho de ficar rico) e raríssimas vezes eu disse para ele "João, para de sonhar jovem, e vai viver, faz por onde, faz por merecer".
Talvez, todos tenhamos um João dentro de nós. Seja com relação ao dinheiro, família, amigos e principalmente o amor. Ah o amor! Hahahha Nesse quesito, tem tanto João por aí que precisava era colocar sobrenome. Por isso, devemos avisar nosso João que a vida é curta. Que não dá pra esperar. Não deixe o João morrer sem uma bela sacudida. Repito: a vida é curta, pro João e pra nós.
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