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quarta-feira, 11 de junho de 2014

Amanhã

Estávamos no ônibus entre o aeroporto e a rodoviária. Já não éramos mais um casal. Entre lágrimas, abraços, toques e conversas aleatórias ela me fez um pedido: não queria que me vissem com cara de defunto na faculdade, não queria que viessem contar pra Ela que me viram infeliz.

Eu disse que não sabia fingir, que não era assim tão fácil. Ela disse que conseguia com a voz embargada e derrubou uma ou duas lágrimas. Eu sempre soube da dificuldade dEla em colocar para fora os sentimentos, mas nesse dia particularmente, percebi que talvez eu tenha falhado em ajudá-la nisso. Não que eu não tenha tentado, mas talvez pudesse ter feito mais. Mas voltando ao assunto, eu disse que  guardar as coisas vai esmagando nosso coração, e acaba doendo ( sei disso, porque, não fosse esse espaço, eu estaria completamente pirado) demais. Ela, de novo com a voz embargada, meio que deu de obro e disse "pois é". 

Hoje eu sei exatamente como ela se sente. Desde o dia do fim, não derramo mais lágrimas. Nenhuma sequer. Mais pareço uma represa prestes a estourar. Tenho medo de quando e onde isso pode ocorrer. Enquanto isso vou fingindo que está tudo bem. Sorrindo. Dançando. Cantando. Ninguém precisa saber. Ninguém quer uma cara de defunto. Quem é amigo, percebe o que eu sinto por dentro. Quem não é amigo, acha que tá tudo bem. E é pra estar.

Enquanto isso, hoje é dia de assistir Chitãozinho e Xororó, um dos grandes shows que já fomos juntos. Desta vez vou sozinho. É a vida.

Essa


e


São de amargar.

domingo, 25 de maio de 2014

Sorria

Sorria, embora seu coração esteja doendo
Sorria, mesmo que ele esteja partido
Quando há nuvens no céu,você sobreviverá...
Se você apenas sorri com seu medo e tristeza
Sorria e talvez amanhã
Você verá o sol vir brilhando para você

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

19/11/2013 - O dia em que minha terra parou

Era um dia comum como tantos outros. Estava eu no trabalho, fazendo meu serviço normalmente. Era dia de anunciar o resultado do Vestibular pra faculdade aqui da cidade.

*Fiz o vestibular 10 dias atrás, coloquei Medicina na primeira opção, nada muito ambicioso, queria ficar bem colocado, tipo abaixo dos 300 já que deu uns 45 por vaga e pra quem não estudava a um bom tempo, não seria nada mal. Segunda opção foi Letras, se eu ficasse bem colocado, talvez rolasse uma bolsa e eu iria fazer*

Lá pelas 16 e 15, fazendo um parecer qualquer o telefone toca  - Vítor, é sua mãe  - anunciou a colega que pegou o telefone. - Vítor você passou!!! - ouvi a voz entusiasmada da minha mãe logo depois que disse "oi".

- Calma mãe, passei em que? Excedentes é só depois.
- Não! Você passou em Medicina - dizia ela quase chorando - em 27º lugar!!!

Na hora não acreditei. Claro. Disse que iria olhar no site. De fato estava lá meu nome. Sorri. Me senti orgulhoso. Feliz. Um feito. Se for pensar, não é qualquer um (não vou entrar no mérito do fator sorte, porque até pra ter sorte nessas horas gasta um pouco de competência).

Logo depois veio a depressão. E agora? Como que faço? Deixo passar o cavalo amarrado ou monto nele e galopo rumo ao desconhecido que poderá trazer um futuro financeiramente razoável, no mínimo?

São tantas questões. Não sou um jovem. Perto dos trinta anos, não tenho grana guardada mas sou independente e, apesar de não amar o que faço, começava a ver com melhores olhos minha profissão. Voltar a estudar? Curso integral? Vou viver de brisa?

E meu relacionamento? Eu quero casar! Ser feliz com Ela... isso vai atrasar ainda mais. Mas se bem que quando chegar a hora, nunca teremos problemas financeiros. Mas e as outras coisas? Mais vale ter uma vida média com Ela do que ser rico sem Ela.

Desde então, minha terra parou. Não consigo pensar ou falar em outra coisa. As pessoas dizem que se eu desistir, sou louco. Mas as pessoas só pensam em dinheiro. Grande parte delas.Apesar que vejo com bons olhos essas opiniões e a certa pressão pra eu não desistir, faz parte.

Só sei que desde terça só sinto medo. Um medo como nunca senti antes. Um medo de não arriscar e me arrepender. Um medo de arriscar e arrepender. De perder muita coisa.. Minha vida mudou desde o dia 19/11/2013 quando as 16 horas a faculdades soltou os resultados. Nunca mais será a mesma. Se eu iniciar o curso mudará totalmente. Se eu não iniciar, também nunca mais será a mesma, futuramente, qualquer instabilidade que eu passar vou lembrar da matrícula em Medicina que eu não fiz.

Sou um macaco azarado. Milhares de pessoas queriam estar na minha situação. Ter o meu "problema" pra pensar. Eu não.

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

O cara

Eu estava com eles no carro. Um casal feliz que possivelmente vivia a melhor fase da vida a dois deles. E olha que não era pouco tempo juntos. Então ela iniciou um diálogo que foi mais ou menos assim:

- Meu bem você resolveu aquele negócio pra mim?
- Sim pequena. - Respondeu ele que estava dirigindo.
- E você trouxe The Walking Dead no pen drive?
- Ahã meu anjo.
- E lembrou de pegar meu oculos?
- Sim meu bem.

Ela então sorriu e ele disse brincando:

- Fala pra mim "Você é o cara meu bem!"
- Obrigada meu bem - disse ela.
- Não meu amor, fala assim "Você é o cara" - Insistiu ele ainda sorrindo.
- Obrigada meu bem - tornou ela a responder.

Ele fez que ia insistir na brincadeira mas preferiu calar. Deu pra ver que ficou chateado pelo retrovisor. Eu, terceiro, não entendi a dificuldade da namorada em responder a brincadeira. Depois, fiquei sabendo que ele manifestou que achou ruim ela não ter tido nada e ela falou "Você é o cara meu bem", mas não era o clima, não tinha o timing, não teve a sinceridade. Pra ele, não valeu.

terça-feira, 7 de agosto de 2012

Eu não gosto de relógios

Os relógios não passam de meros "apontadores" de números! O coração não se importa com horas, ele sempre pede o eterno, o "pra sempre"...

Luciana Leitão

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Por que você não se lembra?

(...)
Mas você não se lembra?
Não se lembra?
A razão de você ter me amado antes,
Amor, por favor, lembre-se de mim mais uma vez
(...)
Frequentemente eu penso sobre onde foi que eu errei
Quanto mais eu penso, menos eu sei
(...)
Te dei espaço par aque você respirasse
Mantive distância para que fosse fosse livre
E espeto que você encontre a peça que está faltando
Para te trazer de volta pra mim
(...)
Por que você não lembra?
Não se lembra?
A razão de ter me amado antes.
Amor, por favor lembre-se de mim mais uma vez

Trechos da música Don't You Remember da linda Adele. Falam precisamente ao meu coração, fazendo ele bater mais forte e consideralvemente mais triste.

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Do pronome

meu
pron poss (lat meu) 1 Designativo de coisa que pertence à pessoa que fala. 2 Que me pertence ou me diz respeito. 3 Esse, aquele, o tal (indicando pessoa de quem já tínhamos falado). 4 Usa-se como expressão de afeto, significando caro, querido. 5 Por ironia, aplica-se a pessoas a quem aludimos com desfavor. 6 Que convém, que interessa, que serve: Aqui tomo o meu bonde. Fem: minha.

Ela voltou voltou a me tratar por "meu" e alguma adjetivo bonitinho na frente. Não me lembro muito bem, mas um dia, bem antes da gente ficar assim juntos, conversando com Ela eu disse que uma das coisas que eu mais sentia falta era de quando Ela me chamava de "meu alguma coisa". Honestamente, sinto que as c0isas estão se ajeitando aos poucos, gradativamente como Ela mesmo disse. Com esse acerto, a felicidade vai surgindo como raios de Sol ao nascer do dia, cada lâmina solar vai começando a ferir a treva, dissipando-a heroicamente.

Se eu pudesse dizer algo pra Ela, com certeza seria "Nunca tenha dúvidas pequena, eu sou seu:


quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Gratidão

Estive pensando, trabalhei muitos anos em uma empresa e sempre vesti a camisa. Sempre tentei ser participativo, das idéias e cooperar com os projetos. Muito embora, o salário fosse pouco, juntando com meu outro emprego foi o que me ajudou a ter um pingo dignidade financeira/social por volta dos meus 20 e poucos anos. Além do que, foi lá que eu conheci advinhem quem? Exatamente, Ela. Não fosse eu trabalhar lá, muito possivelmente não teríamos nos encontrado da forma que foi.

Na verdade, Ela frequentava muito o prédio do meu outro emprego, e eu inclusive já havia notado aquela presença maravilhosa algumas vezes, chegava de comentar com meu colega de serviço sempre que nós víamos Ela no prédio, mas foi na empresa que podemos nos aproximar, graças as atividade exercidas com relação ao público.

Pra ser bem sincero com, por mais que eu achasse Ela uma garota muito interessante, eu nunca teria coragem de me aproximar por questões éticas por assim dizer, mas quem disse que a gente manda nessas coisas? A gente foi se aproximando, foi conversando, algo foi despertando dentro da gente, e aí se vão quase cinco anos de história e sabe-se lá quanto mais serão... Acho, puxando pela memória, que foi neste mesmo belo mês de Setembro que começa hoje, cinco anos atrás que começamos a nos aproximar de forma mais firme.

Gosto de lembrar com gratidão de cada pessoa, lugar, evento, momento em que passei do lado dEla, afinal, tudo mudou desde aquele ano de 2006, tudo mudou desde que comecei a trabalhar naquela empresa, tudo mudou depois do fator "Ela" na minha vida.

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Do "E se" e das motivações

Tem tanta gente especial mundo afora que Ela nem conheceu, tanta gente aqui, acolá, tanta gente na cidade onde Ela vai fazer faculdade, que me faz perguntar: e se eu não for o cara?
E os que ela conheceu? E não chegou a conhecer melhor, não deu uma chance principalmente por de medo de me machucar? Cada pessoa tem suas motivações para fazer e deixar de fazer coisas, eu por exemplo, nunca quis namorar com ninguém, não por medo de machucá-la, mas simplesmente pelo fato de ainda amá-la e consequentemente machucar a outra menina e a mim mesmo ainda mais. Mas as motivações dEla eram outras, não deixou de fazer as coisas por gostar de mim, mas sim pra não me "machucar", pra não me deixar triste, mesmo quando Ela chegou a gostar, lá estava eu eu estragando as coisas.

Olhando por outra ótica, você dirá, se Ela não gostasse não estaria nem aí pra você, e não ia nem se preocupar se você iria se machucar ou não. Tá, bom apontamento, mas e se Ela tivesse dado a chance de conhecer outro alguém muito melhor que eu? (falando nisso tenho um texto prontinho sobre isso desde maio, mas não publiquei ainda) Eu poderia até citar exemplos inclusive, mas melhor não, prefiro não ficar lembrando muito.

E se eu não for o cara? Se for analisar de forma racional (coisa que eu definitivamente passei longe de ser) eu tenho tudo pra não ser o cara, e não digo que sou o cara certo na hora errada, mas tipo não ser o cara mesmo, sou muito mais velho que Ela, sou bem mais feio, tipo de forma que forma um casal daqueles que você diz "Não acredito que essa menina tão linda tá com esse cara", entre outras coisas. Ela tem a vida toda pela frente, vai fazer faculdade, se formar, arrumar um emprego bacana, possivelmente com um campo muito melhor em outra cidade e eu? Mesma coisa a vida toda, monótono e previsível, emprego estável sem muitas emoções, cidade pequena, feio, gordo, bruto e sem graça.

No fim, eu sei lá, as vezes eu dou ouvido demais ao meu lado racional. O problema é que eu paro pra pensar e se for pensar não pode é parar pra pensar porque senão dá zebra e esses dias eu tenho pensado demais.

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Das fotos


Estava parado na porta do borracheiro por volta das 19 horas esperando ele chegar pra arrumar meu pneu furado pela quarta vez nos últimos dois meses. Enquanto esperava dentro do carro, ouvindo nossa dupla favorita cantar uma daquelas músicas que foi feita pra nós quando comecei a mexer um celular antigo que eu uso pra receber ligações de outra operadora.

Tão antigo quanto o celular são as fotos que lá estão. Muitas, arrisco dizer que são mais de quinhentas fotos nossas. Sorrindo, fazendo careta, beijando, abraçando, se olhando, fingindo que estava com raiva, só dEla tirada por mim, só minha tirada por Ela, um monte de felicidade eternizada numa imagem de dois amantes.

Olhando aquelas fotos, meio querendo sorrir, meio querendo chorar, e pensando comigo: rapaz, se essa não for a mulher da minha vida, ninguém mais é.

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Da anestesia

Estou vivendo uma fase completamente sinistra no meu "relacionamento" com Ela. É algo que nunca senti, se é que eu sei o que estou sentindo.

Não é indiferença, longe de mim ser indiferente quanto a mulher que julgo ser a musa da minha vida com quem pretendo e gostaria de passar o resto dos meus dias independentemente se muitos ou poucos. Não é conforto, não me sinto confortavelmente entorpecido como compuseram Gilmour e Waters anos atrás e também não me sinto numa posição de conforto em relação a situação. É algo meio ali no meio disso...

Talvez eu esteja anestesiado. A palavra vem do grego e significa ausência de sensação, logo normalmente associamos a palavra a ausência de dor. Não que não haja sentimento, confirmo que aqui ainda existe uma fonte de amor por Ela praticamente inesgotável, mas o que ocorre é que me sinto anestesiado quanto a situação que vivemos. Vamos aos fatos.

Estamos juntos, mas não estamos namorando. Ela gosta de mim mas diz que não "ama igual antes". Ela as vezes é carinhosa como sempre, e as vezes seca que nem o sertão nordestino. Ela está sempre presente só que as vezes parece ser uma "presença ausente" se e que isso existe. Como diria um amigo mineiro tá um trem esquisito.

Não sei se porque eu já sofri antes, ou já sofri demais, não tenho posição quanto a essa situação. Tipo anestesiado, uma anestesia local no cérebro e em parte do coração, de forma que é como se não doesse, como se o fato dEla não se decidir não fosse mudar nunca o que eu sinto, mas também, por sorte, não me machuca mais. E é isso que eu é meu medo, é isso que é estranho, seria essa minha salvação ou minha desgraça?

Sei lá. Só sei que o trem é sinistro, estou no automático, confiando e seguindo, esperando que o tal "momento certo" chegue logo. Pelo menos, enquanto durar a tal anestesia, não dói mais.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Render-se jamais

Tem dias que bate aquela vontade de desistir de tudo, recolher-me na própria insignificância e parar de atazanar a vida dEla. Mas aí tem uma música que me inspira um pouco:



"Vai pra cima!"

domingo, 17 de julho de 2011

Nada

Nada, nenhum sucesso, nem carro, nem moto, nem mulheres, nem dinheiro, nem que me achem bonito, nem que eu fosse sarado, nem que eu falasse oito línguas estrangeiras, nada me faz me sentir tão bem quanto ter Ela do meu lado.

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Violão e solidão

Saí pra pedalar hoje na tentativa de esvaziar a mente. Ando com muita coisa na cabeça, sobre passado, presente e futuro, sobre mim, sobre Ela, sobre nós. Mas não adiantou muito, não consegui ir longe, o ânimo não permitiu, temi que se ficasse mais cansado provavelmente passaria dificuldade para voltar pra casa.

Cheguei em casa, olhei meu violão velho e empoeirado que aliás, não sei tocar. Peguei nele, um pouco desafinado e assim ficou porque também não sei afinar, e comecei a fazer algumas posições conhecidas e alguma inventadas, barulhos hora sem ritmo, hora sem nexo, hora cadentes e ritmados, mas só barulhos, quando entrei em uma melodia mais triste, chorei. Chorei por um todo, um misto de lembranças do que que vivi, do que ouvi, do que não vivi, do que poderia ter vivido, do que não devia ter ouvido, do que deveria ter ouvido e não ouvi, com as incertezas, vontades, dores, mágoas, do passado, presente e futuro. Chorei por mim, chorei por Ela, chorei por nós. De medo. Chorei por não saber o que fazer, por não ter nada a oferecer, por ser igual, por não ser diferente. Chorei por ser eu e não quem eu deveria ser. Chorei pelo que me falta, pelo que me passa, chorei por nada vão dizer. Chorei por tudo.

Por fim, meus dedos começaram a tocar uma das poucas canções que aprendi a tocar, uma canção que também me faz chorar quase sempre que a ouço e não tem ninguém por perto:



Mais do que nunca, eu preciso de um retoque total.

A sorte da Caixa.

Estava vendo umas fotos, ouvindo umas músicas, lendo umas mensagens, fuçando em um caixa com algumas lembranças guardadas, algumas inclusive muito antigas e pensando que eu sou um cara de sorte.

Ela sempre foi maravilhosa! Uma menina que se tornou uma mulher ainda mais linda e com todas as qualidades que eu não canso de falar, por isso me considero um cara totalmente sortudo por estar a mais de quatro anos fazendo parte da história dEla.

No fim, me sinto um sortudo que nem aqueles da propaganda da Caixa Econômica Federal, a sorte pode sorrir pra qualquer um, até pra um macado feio, gordo e bobo.

Lucky

"I feel you whisper across the sea
I keep you with me in my heart
You make it easier when life gets hard

I'm lucky I'm in love with my best friend
Lucky to have been where I have been (...)

They don't know how long it takes
Waiting for a love like this
Every time we say goodbye
I wish we had one more kiss
I wait for you I promise you, I will

(...)I'm lucky we're in love every way
Lucky to have stayed where we have stayed
Lucky to be coming home someday

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Digressões

Hoje eu fiz que nem a minha amiga Vendedora de Sonhos, chorei.

Também chorei escondido, no banheiro pra ninguém nem sequer notar. choro é rotina daquele que ama sem sucesso, logo ja estou acostumado. Chorei escondido que nem ela, e ao mesmo tempo que nossos motivos não são os mesmos eles são totalmente iguais.

Hoje eu estive pensando em quanto tempo faz que eu não sou feliz. Tipo, feliz mesmo como um estado duradouro, porque já tive noites incrivelmente felizes nesse mais de ano e meio, noites inesquecíveis mas foram só noites (ou dias também, claro), as que passei sozinho sempre me davam a sensação de que não era a mesma coisa sem Ela, e as que passei na companhia dEla sempre deixaram o gostinho de quero mais e a sensação de que é muito errado essa parada de gente que se gosta não ficar junta.

Mas estou triste. Juntou a saudade dEla com a saudade do tempo com Ela. Do sorriso, do abraço, do beijo, das idas ao clube, ao cinema, ao teatro, de ver série na casa um do outro, de rir, de brigar, de chorar, de amar e ser amado.

Das sensações pessimistas a que eu mais detesto é a desesperança, ela ferra com você em todos os aspectos da sua vida. Viver já não é fácil, sem esperança então, vish... Catastroficamente, é assim que eu me sinto, eu olho pra Ela, olho pra mim, olho pra nós e não tem qualquer sensação de esperança, não vejo possibilidade das coisas mudarem pra melhor, só pior. E a desgraça maior, é que sempre, sempre, sempre, sempre quando as coisas parecem que vão se encaminha, por incrível que pare,a EU, eu mesmo dou um jeito de estragar tudo. Macaco inglório que sou.

Pra piorar, as vezes eu me sinto um cachorro correndo atrás de um carro, se eu alcançar o que vou fazer? E se Ela quisesse voltar, tentar de novo, como eu faria pra fazer diferente? Pra ser diferente? Pra ser melhor e não perdê-la de novo?

Junta saudade, tristeza, desesperança com um super pico de baixa auto-estima aí que a coisa fica preta. A muito tempo não me sentia tão inútil, desprezível, incoerente, irracível, tosco, feio, gordo e cretino do que estou me sentindo esses dias. Se, supostamente, Ela ainda gosta de mim igual alguns dizem por aí e Ela até demonstra as vezes, por que não consigo reconsquistá-la? Só pode ser comigo!! É o que eu falei, acho que no fundo Ela sabe que eu não vou conseguir fazer as coisas diferentes, que eu vou deixar acabar tudo de novo, e de uma vez por todas. Porque é isso que eu sei fazer melhor, estragar as coisas.

Nunca me esqueço de um io-iô que ganhei de presente de uma mulher que trabalhava em um cartório no caminho da minha escola. Sempre passava lá com um amigo e a gente mexia com ela e ela mexia conosco, eu tinha sei lá, meus nove anos. Com tempo ficamos amigos e belo dia ela deu um super io-iô pra cada um. O trem era irado, cordinha bacana, estiloso, colorido mas tocava uma musiquinha alta e irritante quando ele descia, aí pedi minha mãe pra tirar a pilha pra mim, não sei por que diabos ela não quis tirar, aí eu mesmo fui tirar, advinhem? É claro que eu estraguei o io-iô. Meu negócio é estragar com as coisas que eu gosto, de io-iô a lapiseira, de bola de futebol ao relacionamento com a mulher que eu amo.

Sei lá que que eu tô fazendo aqui, é um maluco correndo atrás de avião.

domingo, 19 de junho de 2011

Lembranças?

O que são as lembranças? Onde elas moram? Do que se alimentam?

Dizem que "o que foi visto/ouvido jamais será esquecido". As vezes as lembranças são como flashes, E o que foi sentido? E o que marcou na pele? E o cheiro, o perfume, o suor, o sorriso, o olhar?

Aonde ficam armazenadas essas lembranças? As boas ficam em lugar mais escondido que as ruins? Por que estas sempre surgem tão mais fortes que aquelas?

Lembro-me que um dia Ela disse: "Tenho que guardar algumas coisas que ainda estão no mesmo lugar", na época eu pensei "É só guardar que passa? Porque tenho uma caixa com um monte de coisa guardada e não passou (e nem quero que passe, eu acho)"

O que mantém a lembrança viva são as coisas no criado mudo ou no guarda-roupa, ou o que foi impresso como marca d'agua lá dentro do peito? É a foto no porta retrato ou a tatuagem feita no coração?

Hein?

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Diz que muda


"As coisas mudam"

Talvez daí, porque de cá nada muda. Aliás, até muda já que o cabelo que está caindo em uma velocidade assutadora, a barriga que não para de crescer, o sorriso desaparece cada dia mais dando lugar para uma feição mais dura para não dizer abatida. Também tem as lágrimas, que antes eram um blend de saudade com esperança agora são de arrependimento, tristeza, decepção e desesperança.

É, realmente parece que "as coisas mudam" como você disse. Só não mudam que o está dentro do coração, pelo menos do meu. Ah! Esse não muda de jeito nenhum, amor feito de madeira de lei, resistente a furacão, tsunami, maremoto, guerra nuclear e até ciúmes, veja só.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Questions...


...from a really really broken heart.

terça-feira, 14 de junho de 2011

Desarmado


Fomos ao restaurante nos banquetear em um delicioso festival de sushi, nosso prato preferido. Eu tinha intenções. Más intenções por sinal. Aí pimba! Ela chegou e me beijou na boca, um selinho suave que me pegou de surpresa!! Sim, eu fui surpreendido, não esperava, tanto que deve ter sido notado.

Fui desarmado. Qualquer [má] intenção que eu tinha de conversar "sobre nós", esse assunto tenso, cansativo, angustiante e doloroso, graças a Deus [e a Ela] foi desbaratada naquele momento, me derreti como sempre, a danada sabe me ganhar até sem querer, sem fazer esforço, claro que preferi aproveitar sua indescritível e incomparável companhia, receber uma dose de seus carinhos, relembrar de como segura minha mão, coloca a mão na minha perna, age naturalmente como se pouca coisa importasse a não ser nós mesmos quando estamos em uma simplicidade ímpar sem precisar de nada.

Ainda estou derretido. Felizmente surpreso e derretido.