terça-feira, 2 de agosto de 2011

Da anestesia

Estou vivendo uma fase completamente sinistra no meu "relacionamento" com Ela. É algo que nunca senti, se é que eu sei o que estou sentindo.

Não é indiferença, longe de mim ser indiferente quanto a mulher que julgo ser a musa da minha vida com quem pretendo e gostaria de passar o resto dos meus dias independentemente se muitos ou poucos. Não é conforto, não me sinto confortavelmente entorpecido como compuseram Gilmour e Waters anos atrás e também não me sinto numa posição de conforto em relação a situação. É algo meio ali no meio disso...

Talvez eu esteja anestesiado. A palavra vem do grego e significa ausência de sensação, logo normalmente associamos a palavra a ausência de dor. Não que não haja sentimento, confirmo que aqui ainda existe uma fonte de amor por Ela praticamente inesgotável, mas o que ocorre é que me sinto anestesiado quanto a situação que vivemos. Vamos aos fatos.

Estamos juntos, mas não estamos namorando. Ela gosta de mim mas diz que não "ama igual antes". Ela as vezes é carinhosa como sempre, e as vezes seca que nem o sertão nordestino. Ela está sempre presente só que as vezes parece ser uma "presença ausente" se e que isso existe. Como diria um amigo mineiro tá um trem esquisito.

Não sei se porque eu já sofri antes, ou já sofri demais, não tenho posição quanto a essa situação. Tipo anestesiado, uma anestesia local no cérebro e em parte do coração, de forma que é como se não doesse, como se o fato dEla não se decidir não fosse mudar nunca o que eu sinto, mas também, por sorte, não me machuca mais. E é isso que eu é meu medo, é isso que é estranho, seria essa minha salvação ou minha desgraça?

Sei lá. Só sei que o trem é sinistro, estou no automático, confiando e seguindo, esperando que o tal "momento certo" chegue logo. Pelo menos, enquanto durar a tal anestesia, não dói mais.

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