Conforme prometido, hoje falaremos do super novo/quinto/talvez último álbum dos ingleses do
Coldplay denominado
Mylo Xyloto. Ouvi o disco (só ele) durante a semana e creio estar apto a tecer comentários acerca dele.
Diga-se de passagem que eu acho que esse não seja ó último trabalho do
Coldplay. Muito embora haja muita especulação em torno de uma declaração de
Chris Martin que disse que as "
bandas não devem continuar depois dos 33 anos", o disco não soou aos meus ouvidos como um tom de "ponto final", tanto musicalmente quanto nas letras, algo que eu creio que seria algo tudo a ver com a
personalidade da banda.
O disco começa com a faixa título
Mylo Xyloto (
Mylo é é a
moçinha e
Xyloto o rapaz que se apaixonam na história do disco) que não tem letra, mas é um belo
instrumental que cria uma boa expectativa para a animada
Hurts Like Heaven que já vem com os tradicionais "
Oooohh oohhhhh" da banda expostos em todos os seus discos.
A terceira faixa é a incrível
Paradise, que tem um
clipe excelente tem uma letra bastante simples e
impactante, com um refrão
grudento com os tradicionais "
ooohh ohhhh". Confesso que gostei muito de todas as faixas, mas
Paradise foi uma das que me fizeram arrepiar.
Charlie Brown, é uma faixa que caberia bem em qualquer disco da banda, especialmente no X&Y e no Viva la Vida
or Death and All His Friends. A música cita a "
gang Lost Boys" que foi onde o casal
Mylo e
Xyloto se encontraram e iniciaram a história de amor. A quinta faixa
Us Against the World é sensacional, a letra que eu mais gostei, foi fundo lá no meu coração. Pra mim é a canção mais melancólica do disco, e me lembra as músicas antigas do meu favorito
Parachutes. Excelente.
M.M.I.X é um interlúdio (tal qual
Muylo Xyloto) que introduz muito bem a música mais tocada do álbum
Every Teardrop is a Waterfall, que foi o primeiro
single deste novo álbum. Eu diria que essa música é a Viva La Vida, a
Speed of Sound, a Don't
Panic , a
Clocks, desse novo álbum, com muita variação
rítmica e
diversificação nos instrumentos, é talvez a faixa mais bem produzida do álbum, sendo que em meados de Julho quando ouvi o
single já sabia que esse novo álbum seria
ótimo.
A faixa número oito tem uma letra bem forte, soando como um aviso contra o avanço da falta de privacidade da era
atual,
Major Minus é uma música muito boa de ouvir me parecendo como a introdução de um "lado B" do disco, que parece mudar depois dela. Se Major
Minus começa com um violão mais leve e depois aumenta a batida de acordo com o aumento da tensão da letra,
U.F.O é quase uma oração, bem ao estilo das "acústicas" da banda.
Princess of China tem uma história interessante por detrás.
Cris Martin escreveu a música
especialmente para contar com a participação da cantora
Rihanna nos vocais, sendo que se ela não topasse "emprestar" sua voz à canção possivelmente não faria parte do disco.
Rihanna disse sim e temos a música mais
pop do
Myoto Xylot, sendo que os próprios integrantes da banda disseram ser sua música favorita deste novo trabalho, por ser bem diferente das demais. Realmente a música soa diferente de quase tudo que o
Coldplay já gravou. Salvo engano é a primeira e única música com participação de outro artista na história da banda. Eu gostei, mas talvez seja a música que eu menos gostei.
Já
Up in Flames é mais uma canção bem ao peculiar estilo
Coldplay, com uma letra simples, e até repetitiva, que não chega a ser cansativa e acaba sendo marcante. A
Hopeful transmission é outro interlúdio para a esperançosa
Don't Let it Break Your Heart. A
ótima faixa infelizmente é a
penúltima do
álbum, logo se você não estiver ouvindo o disco no
random já pode começar a ficar triste, até mesmo para entrar no clima
inicialmente triste de
Up With de Birds, que fica animada no meio da musica para acompanhar a letra pra cima e animadora que fecha o disco muito bem.
No geral, este CD agrada muito logo na primeira audição, é intrumentalmente muito bem produzido e muito bem tocado, a qualidade vocal de smepre, com letras bem compostas e com os tradicionais "ooohhhh ooohhh" para serem cantados em coro nos estádios. Em Myoto Xyloto a banda parece querer manter o estilo do Viva la vida or Death and All his friends que foi criticado por muitos fãs mais tradicionalistas
da banda pelo fato de ter sido um álbum mais eletrônico/pop do que os anteriores. Porém, ao meu ver, como há uma diversificação rítimica muito grande, viajando entre canções de batida rápida cheias de sintetizadores e outras canções mais lentas só no piano e violão, o disco me soou até "semelhante" aos três primeiros, muito embora, claramente, não foi a intenção da banda, que procura trilhar outros caminhos, fazer algo diferente e com bastante competência, porém, pode ser que, como eu disse, novamente os fãs mais antigos vão ficar desapontados com este quinto álbum. Só que é melhor se aconstumare, pois se vier um sexto, creio que manterá essa "nova linha" de composição e som.