segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Segunda da Música

Conforme prometido, hoje falaremos do super novo/quinto/talvez último álbum dos ingleses do Coldplay denominado Mylo Xyloto. Ouvi o disco (só ele) durante a semana e creio estar apto a tecer comentários acerca dele.

Diga-se de passagem que eu acho que esse não seja ó último trabalho do Coldplay. Muito embora haja muita especulação em torno de uma declaração de Chris Martin que disse que as "bandas não devem continuar depois dos 33 anos", o disco não soou aos meus ouvidos como um tom de "ponto final", tanto musicalmente quanto nas letras, algo que eu creio que seria algo tudo a ver com a personalidade da banda.

O disco começa com a faixa título Mylo Xyloto (Mylo é é a moçinha e Xyloto o rapaz que se apaixonam na história do disco) que não tem letra, mas é um belo instrumental que cria uma boa expectativa para a animada Hurts Like Heaven que já vem com os tradicionais "Oooohh oohhhhh" da banda expostos em todos os seus discos.

A terceira faixa é a incrível Paradise, que tem um clipe excelente tem uma letra bastante simples e impactante, com um refrão grudento com os tradicionais "ooohh ohhhh". Confesso que gostei muito de todas as faixas, mas Paradise foi uma das que me fizeram arrepiar.
Charlie Brown, é uma faixa que caberia bem em qualquer disco da banda, especialmente no X&Y e no Viva la Vida or Death and All His Friends. A música cita a "gang Lost Boys" que foi onde o casal Mylo e Xyloto se encontraram e iniciaram a história de amor. A quinta faixa Us Against the World é sensacional, a letra que eu mais gostei, foi fundo lá no meu coração. Pra mim é a canção mais melancólica do disco, e me lembra as músicas antigas do meu favorito Parachutes. Excelente.

M.M.I.X é um interlúdio (tal qual Muylo Xyloto) que introduz muito bem a música mais tocada do álbum Every Teardrop is a Waterfall, que foi o primeiro single deste novo álbum. Eu diria que essa música é a Viva La Vida, a Speed of Sound, a Don't Panic , a Clocks, desse novo álbum, com muita variação rítmica e diversificação nos instrumentos, é talvez a faixa mais bem produzida do álbum, sendo que em meados de Julho quando ouvi o single já sabia que esse novo álbum seria ótimo.

A faixa número oito tem uma letra bem forte, soando como um aviso contra o avanço da falta de privacidade da era atual, Major Minus é uma música muito boa de ouvir me parecendo como a introdução de um "lado B" do disco, que parece mudar depois dela. Se Major Minus começa com um violão mais leve e depois aumenta a batida de acordo com o aumento da tensão da letra, U.F.O é quase uma oração, bem ao estilo das "acústicas" da banda.

Princess of China tem uma história interessante por detrás. Cris Martin escreveu a música especialmente para contar com a participação da cantora Rihanna nos vocais, sendo que se ela não topasse "emprestar" sua voz à canção possivelmente não faria parte do disco. Rihanna disse sim e temos a música mais pop do Myoto Xylot, sendo que os próprios integrantes da banda disseram ser sua música favorita deste novo trabalho, por ser bem diferente das demais. Realmente a música soa diferente de quase tudo que o Coldplay já gravou. Salvo engano é a primeira e única música com participação de outro artista na história da banda. Eu gostei, mas talvez seja a música que eu menos gostei.

Up in Flames é mais uma canção bem ao peculiar estilo Coldplay, com uma letra simples, e até repetitiva, que não chega a ser cansativa e acaba sendo marcante. A Hopeful transmission é outro interlúdio para a esperançosa Don't Let it Break Your Heart. A ótima faixa infelizmente é a penúltima do álbum, logo se você não estiver ouvindo o disco no random já pode começar a ficar triste, até mesmo para entrar no clima inicialmente triste de Up With de Birds, que fica animada no meio da musica para acompanhar a letra pra cima e animadora que fecha o disco muito bem.

No geral, este CD agrada muito logo na primeira audição, é intrumentalmente muito bem produzido e muito bem tocado, a qualidade vocal de smepre, com letras bem compostas e com os tradicionais "ooohhhh ooohhh" para serem cantados em coro nos estádios. Em Myoto Xyloto a banda parece querer manter o estilo do Viva la vida or Death and All his friends que foi criticado por muitos fãs mais tradicionalistas da banda pelo fato de ter sido um álbum mais eletrônico/pop do que os anteriores. Porém, ao meu ver, como há uma diversificação rítimica muito grande, viajando entre canções de batida rápida cheias de sintetizadores e outras canções mais lentas só no piano e violão, o disco me soou até "semelhante" aos três primeiros, muito embora, claramente, não foi a intenção da banda, que procura trilhar outros caminhos, fazer algo diferente e com bastante competência, porém, pode ser que, como eu disse, novamente os fãs mais antigos vão ficar desapontados com este quinto álbum. Só que é melhor se aconstumare, pois se vier um sexto, creio que manterá essa "nova linha" de composição e som.

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