sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Tentar não perder ninguém

"Por te falar eu te assustarei e te perderei? Mas se eu não falar eu me perderei, e por me perder eu te perderia."
Clarice Lispector


Eu até que tento, sabe? Não ser assim desse jeito sentimental, tipo boboca, meio romântico, às vezes chorão, quase grudento, esperançoso irremediável, que acha que o bacana mesmo é só amar, amar e mais amar cheio de entrega como se cada segundo fosse o último. Essa maneira honesta de compartilhar o amor, quase infantil pra ser sincero, mas que parece assustar ou até oprimir as vezes o que pode causar muita pressão e consequentemente uma nova perda, por isso que eu teu tento algumas mudanças não muito extremas, e tento não exprimir esse sentimento da forma que eu faço, para não perder ninguém.

Juro que tem dias que eu acordo decidido e digo pra mim mesmo que não vou ligar, nem mandar mensagens, guardar só pra mim, no máximo, colocar no papel (ou na tela) o que eu sinto. Tento não escancarar um sorriso quando a vejo, e olha para outro lado para disfarçar o brilho no olhar, e tomar outras providências quanto a outras reações naturais que Ela provoca em mim com uma facilidade ímpar. Faço um esforço para não usar apelidos carinhosos e principalmente usar algum pronome possessivo na primeira pessoa do singular. Mas me escapam as palavras como se retê-las fosse algo não natural, suprimir as palavras seria como negar a minha própria natureza e aí Clarice teria toda a razão...

2 pensamentos:

Anônimo disse...

Os dedinhos coçam... Não sou eu
Existe algo que me impulsionam, até mesmo digo que não temos nada em comum, quando no final tudo o que temos é o incomum... Amei!!!

Anônimo disse...

Que inspiração!!!

Postar um comentário