domingo, 25 de setembro de 2011

Do sonho

Eles estavam em uma roda de amigos, gente sorrindo, conversando, ambiente agradável, se abraçavam, beijam, brincavam, faziam carinho um no outro como um casal tipicamente feliz. Já haviam tomado umas três ou quatro tequilas, e já não estavam no seu estado mais normal. Ela estava linda e ele dizia isso a todo tempo, as vezes de forma mais picante, quem via de fora sentiria inveja daqueles dois. Então ela pegou um guardanapo e pediu uma caneta ao garçom e disse para que ele não olhasse. Ele então fechou os olhos para que ela pudesse fazer sua brincadeira sem que fosse atrapalhada de alguma forma.

“Pode abrir” disse ela entregando o guardanapo meio amassado com um sorriso no rosto e brilho nos olhos, ele desamassou cuidadosamente o papel  e leu “Eu amo você” delicadamente rabiscado com a caneta vermelha do garçom. Ele não pode acreditar, havia anos que ele não ouvia ou lia isso vindo dela. As vezes ele até sentia, mas mesmo assim não era a mesma coisa. Antes que ele dissesse algo, ela o beijou arduamente, não era necessário dizer mais nada, a espera havia acabado, o tempo cuidou para que as coisas se arranjassem novamente…

Então ele ouviu um barulho, eram passos, barulho de uma torneira sendo aberta, ele abriu um pouco do olho esquerdo, virou para a porta, era seu irmão indo escovar os dentes, tudo não passou de um sonho.

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