Hoje no
café fiquei mexendo no celular e fui ver algumas fotos antigas nossas, tanto na
memória do telefone quanto no Instagram, nessas, quase todas com alguma
legenda. Fiquei tão feliz e ao mesmo tempo tão triste que quase cheguei a
chorar.
Feliz
porque, puxa vida, a gente já viveu tanta coisa! Fizemos tantas coisas juntos,
com tanto amor, alegria, vontade, carinho, cumplicidade, com tanta intensidade
que é algo que, definitivamente, nunca poderá ser esquecido. Nada, nem outras
pessoas, nem distância e nem mesmo o tempo, creio eu, vai conseguir apagar essa
história que vai ficar gravada em nossas mentes feito tatuagem.
Por outro
lado fiquei triste. Por mais que tenhamos vivido muita coisa sinto que ainda
era só o começo, que temos tanto mais pra viver, tanto mais pra realizar, um
futuro grandioso. Também fiquei triste porque não sei bem ao certo quando nos
perdemos desse jeito quase sem volta. Não posso apontar “foi ali” ou “lá”, mas
me parece que foram nas pequenas coisas.
De fato,
a vida passa num piscar de olhos e quando menos se percebe as coisas vão embora
e você nem se deu conta como, nem teve tempo de tentar mudar o que importa de
verdade, porque estamos tão distraídos com outras coisas, que damos grande
importância, pois julgamos mais importantes, que nos esquecemos das pequenas
coisas, gestos simples e, esses sim, podem fazer grande diferença.
Acabamos
esquecendo de que um simples “te amo” ou “sinto sua falta” no meio do dia,
despretensioso, sem muitas outras coisas junto tem um valor incrível. Deixamos
de lado o cineminha a dois, o sair sem “combo”. Principalmente, deixamos de nos
falar ao telefone, nos contentando com mensagens no celular. Aliás, deixamos de
nos falar, de saber do outro, de saber como está a vida fora a faculdade, fora
os nossos amigos. Esquecemos de saber dos anseios um do outro, de saber o que o
outro queria, talvez por pensarmos, que já sabíamos. Essas e tantas outras
poderiam ter feito a diferença. Ou não.