sexta-feira, 2 de maio de 2014

Da viagem

Era a nossa viagem. Aquela dos sonhos. Depois de tanto tempo a primeira vez que viajaríamos só os dois. Um marco. Mais um sonho realizado. Possivelmente o início de uma nova era no nosso relacionamento.

Mas o tempo passou, coisas aconteceram e já não era mais assim. Mesmo diante da proposta de não acontecer, Ela propôs, tentarmos! Óbvio, aceitei. Como não aceitar? Era a nossa viagem. Não era um sonho meu. Não era um sonho dEla. Era um sonho nosso. Que continuasse assim, o resto, depois a gente vê. 
 
Me preparei, "vou dar o meu melhor, porque se for a primeira e última, que seja inesquecível".  Aliás, em todos esses anos, por mais que hoje eu veja que talvez não tenha sido a melhor conduta, sempre dei meu melhor pra Ela, nada de mais ou menos, mas sempre o meu melhor. Por outro lado, também achei que estava preparado para o pior. Ledo engano. Não estava e a "nossa viagem" não é bem assim. 

De "nosso", até agora, só a presença mútua e a aparência de casal. Na prática, já não há nada de nosso. Existe uma fuga de mim tão intensa que cada aproximação é uma facada. Minha boca não encontra a dELa, os braços dEla não encontram o meu corpo, os risos não se cruzam mais, só fica a silhueta, do que antes, era um "casal perfeito". Ah o tempo! 

O que antes era um aliado se tornou o grande vilão. De novo, sem muito aviso, aniquilou a paixão e, ao que tudo indica, o amor. E como eu sempre digo, quanto ao desamor, nada a fazer, é uma das forças mais devastadoras do universo. 

Deixo claro que não A culpo. Pelo contrário, como já disse anteriormente, com resignação, entendo. Só é difícil. Muito difícil. 

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