Ontem foi
mais um “aniversário”. Sete anos e exatos seis meses. Metade do sétimo ano que
era pra ser perfeito. Pena que não foi. Fiquei com vontade de te ligar e dizer
que estou com saudade, que você faz uma falta incalculável. Dizer que, como eu suspeitava,
dá pra vier sem você, mas que não tem a menor graça, tudo é muito cinza.
Iria te
dizer também, que é possível ser feliz sem você por perto, mas que nenhuma
companhia é que nem a sua. Existem muitas pessoas especiais mundo afora, mas
ninguém tem seu sorriso, seu jeito de olhar e encaixar o olhar no meu, me
fazendo brilhar os olhos como você. “Está cedo” você falaria. Talvez, mas é que
como já passei por isso, meio que estou somando.
Claro que
não liguei, nem ligaria, não nos faria passar por isso. Diferentemente de você,
não tive a mesma sorte de me apaixonar. Ainda não. Não surgiu ninguém capaz de
me despertar novos sentimentos. Ninguém teve essa ousadia. Mas sei bem que
acabou. Te perdi enfim e mesmo assim não vejo muito jeito de seguir a vida
conforme te disse da última vez que
conversamos. Acho que é o amor que insiste em não acabar. Se é que acaba.
Nessa
conversa hipotética, não iria dizer que te quero de volta. Até porque, como
você sabe, sempre quis te fazer feliz, e ao que parece, não é comigo que você
reencontrou a felicidade que andou meio ausente nesses nossos últimos dias. Mas
eu diria que, finalmente, diferente da outra vez, preciso deixar que você vá.
Livre. Sem vínculo, sem preocupação de deixar alguém pra trás. Renovar-se sem o
peso do passado. Nessa conversa, só te desejaria sorte, paz, amor e alegria,
quase que votos de parabéns já que seria mais um “aniversário”
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