segunda-feira, 26 de maio de 2014

Da conversa que não existiu



Ontem foi mais um “aniversário”. Sete anos e exatos seis meses. Metade do sétimo ano que era pra ser perfeito. Pena que não foi. Fiquei com vontade de te ligar e dizer que estou com saudade, que você faz uma falta incalculável. Dizer que, como eu suspeitava, dá pra vier sem você, mas que não tem a menor graça, tudo é muito cinza.

Iria te dizer também, que é possível ser feliz sem você por perto, mas que nenhuma companhia é que nem a sua. Existem muitas pessoas especiais mundo afora, mas ninguém tem seu sorriso, seu jeito de olhar e encaixar o olhar no meu, me fazendo brilhar os olhos como você. “Está cedo” você falaria. Talvez, mas é que como já passei por isso, meio que estou somando.

Claro que não liguei, nem ligaria, não nos faria passar por isso. Diferentemente de você, não tive a mesma sorte de me apaixonar. Ainda não. Não surgiu ninguém capaz de me despertar novos sentimentos. Ninguém teve essa ousadia. Mas sei bem que acabou. Te perdi enfim e mesmo assim não vejo muito jeito de seguir a vida conforme te disse  da última vez que conversamos. Acho que é o amor que insiste em não acabar. Se é que acaba.

Nessa conversa hipotética, não iria dizer que te quero de volta. Até porque, como você sabe, sempre quis te fazer feliz, e ao que parece, não é comigo que você reencontrou a felicidade que andou meio ausente nesses nossos últimos dias. Mas eu diria que, finalmente, diferente da outra vez, preciso deixar que você vá. Livre. Sem vínculo, sem preocupação de deixar alguém pra trás. Renovar-se sem o peso do passado. Nessa conversa, só te desejaria sorte, paz, amor e alegria, quase que votos de parabéns já que seria mais um “aniversário”

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