Ela, a espera e a saudade.

Engraçado é como a simples "presença" dEla na minha vida torna tudo diferente. Mesmo sem estarmos juntos como um casal, a proximidade torna tudo que não conte com a presença dela tão comum.

Tá certo, as coisas já vinham mudando, eu já não era mais o mesmo, aquele ímpeto de buscar coisas, fazer coisas, experimentar coisas já estava bem baixinho, talvez por ter finalmente entendido que ou se espera com paciência ou não se espera. Demorei mas percebi que para, que se realmente vale a pena esperar por Ela, então que pague um certo preço. É tudo ou nada.

Mas voltando ao assunto, me disseram que meus olhos brilham ao falar dEla, não sei, nunca falei dela olhando no espelho, mas posso afirmar que meu coração arde, minhas mãos suam e a respiração fica mais difícil quando estou perto dela, talvez isso seja refletida, quando na ausência, toco no belo nome.

Aliás, tudo é belo nEla. E não são palavras quaisquer de um tolo cego apaixonado. Ela é maravilhosa, por fora e principalmente por dentro. Admiro ela como menina, amiga, aluna, filha, professora, irmã, namorada, mulher. Uma mulher feita, com suas virtudes e seus defeitos, suas manias e desleixos, seu ciúme desenfreado, o sono constante e a curiosidade aguçada.

Porém, essa nossa proximidade tem trazido uma velha conhecida ao meu meio: a saudade. E não a saudade de sempre, a saudade da gente junto. É saudade da voz, das mensagens, do sorriso, do olhar, do cheiro do corpo e do cabelo, das unhas grandes e vermelhas, de ouvir reclamações que está gorda, da presença, do calor. Essa saudade que não surgia faz tempo, torna a espera as vezes mais prazerosa, e as vezes uma tortura, mas no fim, nem ligo muito, vai valer a pena.