sábado, 28 de maio de 2011

Um alento

Estava na fila do maior toboágua do mundo quando encontrei com esse sujeito pela primeira vez, tinha por volta de uns quarenta anos, carioca, educado e gente boa, junto com a filha que parecia ter uns 14. Conversamos sobre nossas cidades e outras coisas de estranhos que se encontram em locais de férias.

Depois nos encontramos de novo, em outro brinquedo do parque aquático, desta vez ele estava com a esposa. Voltamos a conversar e ele começou a contar extremamente orgulhoso que conhecera sua esposa em uma cidade vizinha a minha.

Com um sorriso, ele disse que estavam em uma festa da empresa, mas que ela não quis ficar com ele. Tinha um rolo com um outro "sortudo" como ele disse. Ele não desanimou, assim que ela terminou com o outro ele correu atrás. Como resultado da insistência já eram mais de vinte anos de casamento.

O que mais me impressionou foi como ele contou a história orgulhoso, feliz, carinhoso, como seus olhos brilharam ao contar sobre como, mesmo após um fora (esse ele dizia com um sorriso engraçado no rosto), foi atrás da mulher que desejava e já estão juntos a duas décadas.

Por um instante eu percebi que nem tudo está perdido, que talvez aquele homem, sua esposa e filha, sejam os protagonistas que o mundo tanto precisa. Vi uma historia daquelas que achei que não existiam mais. Foi um alívio.

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