segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Da despedida

Ninguém gosta de despedidas. Não importam quão simples ou passageiras possam parecer ou efetivamente sejam, sempre vão causar sensação de perda, e que eu saiba, ninguém gosta de perder.

Você faz uma viagem de férias, fica uma semana em outro lugar, e na hora de voltar, veja só o quanto é ruim se "despedir" daquele lugar na hora da partida. Tem aquele seu parente distante que vem passar uns dias na sua casa e na hora de ir embora é aquele drama pensando quando vão ser ver novamente e por aí vai.

Nada porém, se equivale a se despedir de quem você ama. Todos nós um dia, teremos a difícil missão de despedir dos nossos entes amados por causa do agir do tempo, porém, isso é algo dolorosamente inevitável, mas que muito embora ninguém esteja preparado, desde jovens já somos instruídos que isso, infelizmente, acontecerá com todos.

Por isso as despedidas em que, em tese não são naturais, machucam tanto e nos entristecem tanto. Ontem, foi um dos momentos mais tristes dos últimos anos. Muito embora eu tenha tentado parecer forte, conter as lágrimas, por dentro eu era só tristeza.

Quando a abracei, segurei firme, senti que Ela chorava, não consegui segurar e deixei escapar algumas lágrimas, cada uma era como uma cachoeira. Não pensei que Ela fosse chorar, sempre foi durona, especialmente boa em "esconder" os sentimentos, mas ainda bem que dessa vez não foi tão dura assim.

Estou com um gosto amargo na boca que não quer mais sair. Só pode ser a ausência dos doces beijos. O olhar foi pintado de cinza, e as cores do meu mundo foram colorir outro lugar. Só pode ser a ausência do brilho dEla que iluminava tudo. Até as músicas favoritas se tornaram batidas sem nexo de um musicista desmiolado.

0 pensamentos:

Postar um comentário