O amor antigo vive de si mesmo,
não de cultivo alheio ou de presença.
Nada exige nem pede. Nada espera,
mas do destino vão nega a sentença.
O amor antigo tem raízes fundas,
feitas de sofrimento e de beleza.
Por aquelas mergulha no infinito,
e por estas suplanta a natureza.
Se em toda parte o tempo desmorona
aquilo que foi grande e deslumbrante,
a antigo amor, porém, nunca fenece
e a cada dia surge mais amante.
Mais ardente, mas pobre de esperança.
Mais triste? Não. Ele venceu a dor,
e resplandece no seu canto obscuro,
tanto mais velho quanto mais amor.
não de cultivo alheio ou de presença.
Nada exige nem pede. Nada espera,
mas do destino vão nega a sentença.
O amor antigo tem raízes fundas,
feitas de sofrimento e de beleza.
Por aquelas mergulha no infinito,
e por estas suplanta a natureza.
Se em toda parte o tempo desmorona
aquilo que foi grande e deslumbrante,
a antigo amor, porém, nunca fenece
e a cada dia surge mais amante.
Mais ardente, mas pobre de esperança.
Mais triste? Não. Ele venceu a dor,
e resplandece no seu canto obscuro,
tanto mais velho quanto mais amor.
Carlos Drummond de Andrade
Não sei se na ideia de Drummond, um amor de sete anos pode ser considerado um amor antigo. Talvez o sábio pensasse em algo com mais anos, mais tarimba. Mas é que, mesmo que talvez jovem, nosso amor já passou por muitas coisas, é, no mínimo, experiente.
Por isso, neste dia que completamos sete anos, esse amor experiente, que já sofreu, já sorriu, não precisa de presença, venceu a dor por muitas vezes e mesmo havendo inúmeras dificuldades resplandece, desejo que este amor dure por mais setenta vezes sete anos.
Por isso, neste dia que completamos sete anos, esse amor experiente, que já sofreu, já sorriu, não precisa de presença, venceu a dor por muitas vezes e mesmo havendo inúmeras dificuldades resplandece, desejo que este amor dure por mais setenta vezes sete anos.
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